https://www.dire.it/03-02-2024/1006383-caldo-anomalo-primavera-anticipata-siccita/
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ROMA – O inverno escaldante deixa a natureza em parafuso depois de um ano de 2023 que registou menos 14% de precipitação e uma temperatura 1,14 graus superior à média histórica do período 1991-2020.É o que afirma Coldiretti ao sublinhar a anomalia da coluna de mercúrio que sobe mais nas horas mais ensolaradas do fim de semana valores de primavera de Trento a Palermo.
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O CALOR FORA DE TEMPORADA NÃO É BOM
O excepcionalmente quente – sublinha Coldiretti – favorece o despertar precoce em todas as plantas, incluindo a floração precoce como nas mimosas mais de um mês adiantado em relação à data de 8 de março, com o perigo de expor as colheitas aos danos de uma previsível e subsequente forte queda das temperaturas com a consequente perda de colheitas.O que também é preocupante – continua Coldiretti – é seca o que põe em risco a sementeira de cereais, leguminosas, vegetais mas também a forragem nas pastagens que está em acentuado declínio.
SEM ÁGUA
Lá falta de água também tem repercussões nos custos para as empresas que também aumentaram devido ao aumento dos preços das forragens na Apúlia seca e ventos siroco com altos índices de umidade também reduziram a produção de alcachofras em 60%, enquanto na Sicília e na Sardenha há dificuldade no desenvolvimento de frutas e vegetais com laranjas ou saladas que não conseguem crescer adequadamente por falta de água.
A NEVE QUE NÃO ESTÁ LÁ
Existe – especifica Coldiretti – escassez de neve em vários setores do arco alpino e em grande parte da cordilheira dos Apeninos e uma situação de estresse hídrico que aumenta mas à medida que se avança para sul com pico nas ilhas, o que certamente não é normal no mês de Janeiro.
RIOS E LAGOS SEM ÁGUA
Nas invasões da região da Sardenha houve o 1º de Janeiro 21% menos água em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto nos da Sicília em janeiro de 2024 o déficit é de 13% em relação ao ano anterior, de acordo com análises de Coldiretti sobre dados dos Departamentos Hidrográficos Regionais.E a situação nas bacias da Apúlia e além dela também é preocupante 119 milhões de metros cúbicos a menos em comparação com o ano passado, de acordo com a Anbi, que também destaca questões críticas no centro da Itália. De Abruzzo, onde não há neve, ao Lácio, onde os lagos permanecem em condições críticas assim como o estado do rio Tibre é grave, desde a Úmbria, onde o lago Trasimeno permanece 18 centímetros abaixo do nível mínimo "vital", até Marche, os níveis dos rios Potenza, Esino, Sentino, Tronto e Nera caem e não há neve nas montanhas mas - destaca Coldiretti - o estado dos rios da Toscana também está piorando, segundo o Observatório Anbi.
UM DESAFIO PARA A AGRICULTURA
A agricultura italiana é a atividade económica que mais do que qualquer outra sofre diariamente as consequências das alterações climáticas, mas é também o setor mais empenhado em combatê-las" afirma Coldiretti ao sublinhar que "As alterações climáticas impõem um novo desafio às empresas agrícolas quem deve interpretar as notícias transmitidas pela meteorologia e os efeitos nos ciclos das culturas, na gestão da água e na segurança da terra".Um objetivo que exige um compromisso das instituições em acompanhar a inovação desdeagricultura 4.0 com drones, robôs e satélites até o novo genética verde sem OGM mas também precisamos - conclui Coldiretti - de investimentos para a manutenção, economia, recuperação e regulação da água com um amplo sistema de pequenos reservatórios que pode coletar o excesso de água e distribuí-la quando necessário.