Amazônia, há vinte anos a floresta não queima como nos primeiros seis meses de 2024

Lifegate

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Dados de satélite divulgados pelo Brasil sobre a Amazônia indicam que quase 13,5 mil incêndios foram registrados no primeiro semestre do ano.

Nas últimas duas décadas, a Amazônia nunca queimou como antes primeiros seis meses de 2024.Dados relativos à parcela brasileira do maior floresta tropical do mundo, localizadas na América Latina, são preocupantes:de 1º de janeiro a 30 de junho 13.489 incêndios foram relatados.Uma situação que, segundo os especialistas, se deve em grande parte à seca histórica que está afetando a região.

A seca é a principal responsável pelo elevado número de incêndios

Em particular, as queimadas no Pantanal, o zona húmida tropical que é amplamente encontrado no Brasil, desde o início do ano até 9 de junho, o total foi 935 por cento maior em relação ao mesmo período do ano anterior.Trata-se, portanto, de um aumento de quase dez vezes.

Um incêndio na Amazônia © Mario Tama/Getty Images

“Infelizmente, a maior parte Biomas naturais brasileiros sofre estresse hídrico devido à falta de precipitação – confirmou Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil -.O território torna-se mais seco e assim a vegetação fica mais vulnerável ao risco de incêndios”.Mas, prossegue o activista, “a maior parte destes não são espontâneos, nem de origem natural, como é o caso das chamas provocadas pelo impacto de raios.Muitas vezes é sobre ações humanas”.O que não implica necessariamente voluntariedade, mas pode ter dependido da utilização de máquinas ou técnicas agrícolas perigosas nesta situação.

Na Amazônia, dados piores só ocorreram em 2003 e 2004

Desde que o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a monitorar regularmente os incêndios na Amazônia (ou seja, desde 1998), apenas duas vezes o primeiro semestre do ano foi pior:No 2003, quando ocorreram 17.143 incêndios e em 2004 (17.340).Mas o total observado neste ano é infinitamente superior ao de 2023, quando o observações de satélite eles registraram um total de 8.344 incêndios.

O presidente Lula da Silva, desde o início do seu novo mandato à frente do Brasil, comprometeu-se a conter o desmatamento em seu país e, de fato, nos primeiros seis meses deste ano, apesar dos incêndios, o total de quilômetros quadrados desmatadosnos primeiros seis meses foi igual a 1.525, contra 2.649 no mesmo período de 2023.Um ano em que já se tinha verificado uma clara descida face aos doze meses anteriores.

O objetivo do governo brasileiro é eliminar o desmatamento ilegal por 2030, Depois os anos Bolsonaro durante o qual o fenômeno sofreu uma onda perturbadora.

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