A repressão da UE aos microplásticos também afeta o glitter:É proibido brilho em cartões comemorativos e cosméticos

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https://www.open.online/2023/10/11/stretta-ue-glitter-vietati-biglietti-auguri-cosmetici

A diretiva da Comissão Europeia visa reduzir a dispersão destes materiais em 30% até 2030.Mas na Alemanha, influenciadores e personalidades televisivas protestam

A nova diretiva de Bruxelas sobre microplásticos entra em vigor no domingo, 15 de outubro.E face a essa data há um produto do qual todos os cidadãos europeus terão de se despedir:o brilho.O brilho, um composto feito de polímeros e alumínio, é de facto um dos produtos sobre os quais a União Europeia pretende impor medidas restritivas.Com as novas regras não será mais possível usar glitter em cartões comemorativos, superfícies esportivas artificiais, maquiagem e outros produtos cosméticos.A repressão regulamentar de Bruxelas faz parte da estratégia mais ampla delineada no Acordo Verde e visa eliminar os microplásticos do maior número possível de produtos.O objetivo definido é o seguinte:reduzir a dispersão destes materiais em 30% até 2030.

Microplásticos em todos os lugares

O impacto dos microplásticos na saúde humana e no ambiente tem sido objeto de vários estudos científicos recentes.Esses materiais foram encontrados em quase todos os lugares e os danos que causam – tanto ao meio ambiente quanto ao homem – são conhecidos há algum tempo.Em relação ao glitter, por exemplo, estudo publicado na revista Toxicologia Aquática estimado em 8 milhões de toneladas presentes nos oceanos.Mas o problema não é apenas o brilho.No ano passado, um estudo da Universidade de Amsterdã certificou pela primeira vez a presença de microplásticos também no sangue humano.E é precisamente por causa de todos estes alarmes que nos últimos meses a Comissão Europeia pediu um parecer à Echa, a Agência Europeia dos Produtos Químicos.A sugestão que os especialistas deram ao executivo da Úrsula von der Leyen era atualizar as regras comunitárias para limitar ao máximo a dispersão de microplásticos.

A directiva europeia

Segundo estimativas da Comissão, a nova diretiva impedirá a libertação no ambiente de cerca de meio milhão de toneladas de microplásticos, categoria que inclui todas as partículas de polímeros sintéticos com dimensões inferiores a cinco milímetros e resistentes à degradação.A principal inovação das novas regras consiste na proibição da venda de microplásticos enquanto tais e de todos os objetos aos quais são adicionados intencionalmente.Os primeiros produtos afetados por essa restrição são os brilhos, inclusive aqueles utilizados em alguns cosméticos (esfoliantes, bases, esmaltes e batons).Posteriormente abordaremos os materiais utilizados em algumas superfícies esportivas (como quadras de vôlei e basquete), detergentes, amaciantes e brinquedos.Só em casos devidamente justificados, especifica a Comissão Europeia, serão aplicadas isenções e períodos de transição para permitir a adaptação dos produtores às novas regras.

«Histeria brilhante» na Alemanha

A iminente entrada em vigor da directiva europeia já criou alguma controvérsia.Na Alemanha, escreve o Guardião, várias personalidades e influenciadores da televisão acharam por bem antecipar o aperto de Bruxelas, estocando purpurina.Sam Dylan, participante de reality shows Grande irmão, disse que comprou 82 pacotes de glitter.Críticas também de Luca Valentino, showman do programa Deutschland sucht den Superstar, segundo o qual a nova directiva europeia “tirará as últimas centelhas de glamour”.

Foto da capa:UNSPLASH/Alexander Gray

Licenciado sob: CC-BY-SA
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