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COLLEFERRO (Roma) – Um aterro para resíduos perigosos, mas “ao contrário”. Porque o lixo já está aí aqui. Isto tornará seguro o sítio denominado Arpa 2 (por ter a forma de um instrumento musical) em Colleferro, na antiga zona de Caffaro.
Em 2005, após a descoberta de altas concentrações de hexaclorociclohexano em amostras de leite retiradas de fazendas de gado, começou daqui o estado de emergência socioeconômico-ambiental do Vale do Sacco (proclamado pela Presidência do Conselho de Ministros). As obras já começaram e estarão concluídas dentro de pouco mais de um ano, entretanto esta manhã o Presidente da Região, Francisco Rocca, juntamente com o Conselheiro do Meio Ambiente, Elena Palazzo, ao de resíduos, Fabrizio Ghera, ao prefeito de Colleferro, Pierluigi Sanna, e ao diretor do ciclo regional de resíduos, Wanda D’Ercole, realizou uma vistoria para acompanhar o andamento das obras.
Arsênico, chumbo, pesticidas, hidrocarbonetos e pesticidas.Há tudo no subsolo. A contaminação chega a até 20 metros de profundidade em alguns locais.E, de fato, as escavadeiras vão cavar lá.Na realidade já estão em acção, com as obras necessárias para proteger o futuro aterro das águas.“Será criado um diafragma em forma de C que irá para o subsolo até 23 metros, onde não há vestígios de água– explicou D'Ercole – e se estenderá por 90 metros.Desta forma, apenas a água da chuva chegará e não haverá mais escoamento”.
A caracterização dos resíduos e contaminantes já foi feita, para que os técnicos saibam onde o solo está contaminado e onde não está.Desta forma poderão proceder à retirada dos terrenos que muito provavelmente não estão contaminados, irão confiná-los e analisá-los posteriormente, colocando-os em algumas baías vizinhas já preparadas:se for confirmado que esse terreno não está contaminado, será utilizado para cobrir as escavações em curso em outros 6 locais (também em processo de tornar-se definitivamente seguros) do consórcio industrial Colleferro. Por outro lado, o terreno contaminado será devolvido de onde foi retirado e disposto em diversas camadas até a conclusão do “aterro reverso” que será então fechado com tampamento. Estima-se que existam mais de 50 mil metros cúbicos de solo contaminado para o qual uma quantidade igual de terra limpa será “devolvida”.
“A segurança relativamente à intervenção que estamos a realizar é máxima”, garantiu D'Ercole ao presidente Rocca, explicando-lhe todos os passos das diversas operações e os cuidados tomados.A invasão total será de 175 mil metros cúbicos.O custo da intervenção é de 7 milhões de euros, 80% será coberto pela empresa SE.CO.SV.IM.como proprietário não responsável.“O projeto envolve a escavação dos resíduos presentes e do terreno até atingir as camadas adequadas para a instalação do pacote impermeabilizante da bacia e as medidas de segurança permanentes”, explicou novamente D'Ercole.Inicialmente o território afetado pelo estado de emergência no Vale do Sacco era o dos municípios de Colleferro, Segni e Gavignano, na província de Roma, e os municípios de Paliano, Anagni, Ferentino, Sgurgola, Morolo e Supino, na província de Frosinone.A área foi posteriormente ampliada para incluir uma área total de mais de 72 quilômetros quadrados. Desde então, toda a zona viveu uma profunda crise económica, com a fuga de inúmeras empresas e a falta de novos investimentos.