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Para encerrar o terceiro dia do TED2019, imaginamos diferentes versões do futuro — desde as possibilidades mágicas da exploração do fundo do mar até o futuro sombrio da humanidade se algo der terrivelmente errado.Gole.
O evento:Palestras e performances do TED2019, Sessão 7:Possibilidade, apresentado por Helen Walters e Kelly Stoetzel do TED
Quando e onde:Quarta-feira, 17 de abril de 2019, às 17h, no Vancouver Convention Centre em Vancouver, BC
Alto-falantes:Judith Jamison, Rob Reid, Nick Bostrom, Ella Al-Shamahi, Victor Vescovo e Hannah Gadsby
Abertura:Membros do Teatro de Dança Americana Alvin Ailey apresentar “Wade in the Water” (da icônica obra de 1960 do coreógrafo Alvin Ailey Revelações) e “Cry”, a peça solo que Ailey criou para sua mãe em 1971.
As palestras em resumo:
Judith Jamison, diretor artístico emérito do Alvin Ailey American Dance Theatre
- Grande ideia:A dança eleva a nossa experiência humana, comunicando lutas, emoções e emoções universais que vão além das palavras.
- Como? Alvin Ailey American Dance Theatre foi fundado em 1958 pelo lendário dançarino e coreógrafo Alvin Ailey.No meio do movimento pelos direitos civis, a companhia de dança apresentou trabalhos ousados que apresentavam a experiência afro-americana na sua plenitude – e como parte essencial da cultura americana.Pouco mais de 60 anos depois, Judith Jamison, diretora artística emérita do Teatro, reflete sobre o legado visionário de Ailey e o poder duradouro da dança para transformar a história em arte que emociona e entusiasma o público global - e, não raro, traz lágrimas aos seus olhos.
- Citação da palestra:“Quando você está sentado no escuro, no teatro, tendo uma experiência pessoal, você não se sente bloqueado ou incompreendido.Você se sente aberto, vivo... inspirado.”
Rob Reid, empresário e autor de suspense cibernético
- Grande ideia:Temos de agir rapidamente para construir um sistema imunitário global que possa combater um ataque massivo da biotecnologia.
- Como? Rob Reid levanta o espectro impensável do assassinato suicida em massa em escala global, usando ferramentas da biologia sintética para criar biotecnologia armada.O que podemos fazer para nos proteger?Ainda faltam (provavelmente) anos para que seja uma possibilidade, mas agora é a hora de começar a pensar nisso.Algumas ideias:recrutar especialistas e criar mais especialistas (para cada milhão e um de bioengenheiros, observa Reid, pelo menos um milhão deles estará do nosso lado) e encontrar uma maneira de salvaguardar nossa prosperidade e privacidade que não dependa de governo e indústria.
- Citação da palestra:“Passei a temer [a biologia sintética]… mas, mais do que isso, a reverenciar o seu potencial.Essa coisa vai curar o câncer, curar nosso meio ambiente e acabar com o tratamento cruel que dispensamos a outras criaturas.Então, como podemos conseguir tudo isso sem nos aniquilarmos?”
Nick Bostrom, filósofo, tecnólogo, autor, pesquisador do risco existencial
- Grande ideia:Quanto mais poder tecnológico inventarmos, maior será a probabilidade de criarmos uma “bola preta” – a única inovação que poderá destruir-nos a todos.
- Como? É um dilema desconfortável:à medida que a tecnologia acelera, também aumenta o potencial para um mau ator usar esses mesmos avanços para destruir a civilização.Considere a biologia sintética:ao ritmo actual de progresso, num futuro não muito distante, alguém poderia teoricamente inventar um organismo destruidor de cidades depois de uma tarde de trabalho na cozinha.(Caramba.) Então, o que devemos fazer?Em conversa com Chris Anderson, Bostrom descreve quatro respostas possíveis:restringir o desenvolvimento tecnológico (não muito viável, observa ele);eliminar maus atores (também inviável, considerando os muitos obstáculos ao sucesso);vigilância em massa (desconfortável, mas potencialmente palatável se bem feita);e governação global (arriscada, mas se tivermos sorte, poderá ajudar-nos a sobreviver).Resumidamente:se queremos poder, é melhor descobrirmos como limitá-lo.
- Citação da palestra:“Você poderia me considerar um otimista assustado.”
Ella Al-Shamahi, paleoantropólogo e comediante stand-up
- Grande ideia: A ciência tem um problema geográfico.
- Como? Não estamos fazendo exploração científica de primeira linha em uma grande parte do mundo:as regiões que os governos consideraram muito instáveis.Mas muitos destes locais, especialmente em África e no Médio Oriente, desempenharam um papel importante na jornada humana.A família de Al-Shamahi é do Iémen, um lugar tão pouco estudado que se assemelha a um território quase virgem.Ela não pode ir para lá – mas fez uma viagem épica e arriscada para estudar Socotra, uma ilha ao largo do Iémen conhecida como Galápagos do Oceano Índico.Noventa por cento dos répteis e 30% das plantas existem apenas, bem, lá - e a história dos primeiros humanos mal é contada.Al-Shamahi espera regressar a Socotra e, com a ajuda de colaboradores locais, continuar a explorar.
- Citação da palestra: “A ciência tratava de ir para o desconhecido.Tratava-se de uma exploração verdadeiramente global, mesmo que houvesse riscos.Quando se tornou aceitável dificultar que a ciência acontecesse em ‘lugares instáveis’?
Victor Vescovo, explorador submarino
- Grande ideia: Novos designs de submersíveis podem permitir-nos explorar profundezas dos oceanos do mundo que nunca foram vistas antes.
- Como? Vescovo juntou-se ao curador científico do TED, David Biello, para discutir suas experiências de exploração em alto mar.Vescovo acredita que a sua equipa – reunida no seu submersível autoprojetado para duas pessoas – é a primeira a mergulhar no fundo do Oceano Antártico, a extensão de água que rodeia a Antártica e que é conhecida pelas suas condições particularmente hostis.Seu submersível foi projetado como uma esfera, o formato mais capaz de lidar com a imensa pressão dos mergulhos em águas profundas;foi construído para fazer múltiplas viagens ao fundo do oceano.Quando você vai tão fundo, diz Vescovo, é possível descobrir muitas espécies novas.Ele descreve seu projeto como “uma espécie de SpaceX da exploração oceânica, mas eu piloto meus próprios veículos”. E se você ainda não ouviu falar do burro robusto antes de hoje?De nada.
- Citação da palestra: “Existem apenas duas regras para mergulhar em um submarino.O número um é fechar a escotilha com segurança.O número dois é voltar à regra número um.”
Hannah Gadsby, comediante sério
- Grande ideia: A comédia tem regras.Quebre-os.Conte sua história.
- Como? Gadsby era uma “muda virtual patologicamente tímida com baixa auto-estima” quando tentou pela primeira vez a comédia stand-up.E “antes mesmo de fazer minha primeira piada, eu sabia que realmente gostava de stand-up e o stand-up realmente gostava de mim”. Mas foi somente quando ela abandonou a comédia e quebrou suas regras que ela pôde contar sua própria história e construir uma conexão verdadeira com seu público – não como uma multidão estúpida e risonha, mas como indivíduos que poderiam levar sua história consigo. Leia mais sobre o TED Talk de Hannah Gadsby.
- Citação da palestra: “O objetivo não era simplesmente quebrar a comédia, mas remodelá-la para melhor conter tudo o que eu queria compartilhar.”