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O que podemos imaginar, juntos, para criar um mundo com mais alegria, amor, humanidade?Na Sessão 6 do TED2019, mergulhamos profundamente no mundo da imaginação com alguns dos autores, designers, arquitetos e cineastas que estão ultrapassando os limites do que é possível.
O evento:Palestras do TED2019, Sessão 6:Imagination, apresentado por Helen Walters e Chee Pearlman do TED
Quando e onde:Quarta-feira, 17 de abril de 2019, 11h15, no Vancouver Convention Centre em Vancouver, BC
Alto-falantes:Jacqueline Woodson, Sharmeen Obaid-Chinoy, Jonny Sun, Sarah Sze, Rahul Mehrotra e Bjarke Ingels
As palestras em resumo:
Jacqueline Woodson, autor premiado e apreciador de histórias
- Grande ideia: Ler devagar é uma maneira simples e gratificante de combater o chicote da tecnologia e a velocidade da vida hoje.
- Como? Não tenha pressa, diz Jacqueline Woodson.As histórias não devem apenas ser homenageadas, mas também saboreadas.Ajudam-nos a viajar através do espaço e do tempo, através das perspectivas ficcionais e da vida real daqueles que viveram o passado (e, por vezes, o futuro).Nas páginas de livros bem imaginados e de histórias orais de gerações passadas, a narração de histórias une comunidades, promove a compreensão e permite-nos olhar profundamente para o mundo que nos rodeia.Tudo o que precisamos fazer é dar a essas narrativas espaço e tempo para florescerem e criarem raízes em nossas vidas.
- Citação da palestra: “Não é disso que se trata:encontrar uma maneira, no final do dia, de não nos sentirmos sozinhos neste mundo e uma maneira de sentir que o mudamos antes de partirmos?”
Sharmeen Obaid-Chinoy, documentarista e contador de histórias
- Grande ideia:O cinema pode provocar mudanças positivas ao expor as pessoas a visões alternativas do mundo, mudando a forma como pensamos sobre nós mesmos, as nossas culturas, as nossas sociedades.
- Como? Obaid-Chinoy queria fazer algo sobre a violência contra as mulheres no seu país natal, o Paquistão.Então ela dirigiu Uma garota no rio:O preço do perdão, que documenta a tradição do país de crimes de honra.Provocou ondas em todo o mundo, ganhando um Óscar e até inspirando o primeiro-ministro do Paquistão a denunciar os crimes de honra, mas não foi suficiente.Obaid-Chinoy levou seu filme para a estrada, visitando pequenas cidades e vilarejos com um cinema móvel.Com um telão colado na parte externa de um caminhão e um miniteatro no interior, o cinema móvel oferecia um espaço seguro para as mulheres de comunidades segregadas assistirem.Lado a lado, através de filmes, Obaid-Chinoy e a sua equipa incentivaram a conversa sobre a prática tradicional prejudicial dos crimes de honra.
- Citação da palestra:“Em pequenas cidades e aldeias em todo o Paquistão, há uma revolução.Os homens estão a mudar a forma como interagem com as mulheres;as crianças estão mudando a maneira como veem o mundo.Uma aldeia de cada vez – através do cinema.”
Johnny Sun, ilustrador, autor, roteirista, pessoa criativa versátil
- Grande ideia:A Internet pode parecer um lugar solitário e caótico.Mas ao aprendermos a ser mais vulneráveis uns com os outros online, descobrimos que estamos sozinhos.
- Como? A Sun não está aqui para lhe dizer que a mídia social é uma força para o bem puro.Mas tem algo importante para nos oferecer:uns aos outros.Ao enviar piadas e observações cativantes, escritas com erros e ilustradas sobre a condição humana “para o vazio”, ele descobriu que o vazio muitas vezes está disposto a responder, lembrando-nos da nossa humanidade partilhada, mesmo que apenas por um momento. Leia mais sobre a palestra de Jonny Sun aqui.
- Citação da palestra:“Se alguém conta que se sente triste, com medo ou sozinho… na verdade, isso me faz sentir menos sozinho.Não me livrando da minha solidão, mas me mostrando que não estou sozinho ao me sentir solitário.”
Sarah Sze, um artista que trabalhou em lugares como a Seattle Opera House e o sistema de metrô de Nova York e cujo trabalho abrange pintura, escultura, vídeo e instalação
- Grande ideia: A arte é uma forma de explorar e expressar as maravilhas dos materiais das nossas vidas – juntamente com a sua fragilidade e mutabilidade.
- Como? Sze cria peças imersivas – algumas tão altas quanto edifícios, espalhadas pelas paredes ou orbitando através de galerias.Eles contêm vastas constelações de coisas enquanto ela brinca com escala, tempo e memória e confunde os limites entre o que é arte e o que é vida cotidiana.Tal como a nossa experiência humana é um palimpsesto visual, um esboço constantemente redesenhado de tudo o que fazemos, vemos e lembramos, o trabalho de Sze esforça-se por incorporar estas ações e as tensões que existem entre elas.
- Citação da palestra:“As chitas fêmeas são mais rápidas que os machos e a razão é porque, embora sejam menores, têm corações maiores.Esse é um fato verdadeiro e pode ser o único fato verdadeiro aqui.O resto é arte.”
Rahul Mehrotra, arquiteto, urbanista, professor de design
- Grande ideia:Quando se trata de projetar cidades, somos obcecados pela permanência e pela previsibilidade.No entanto, ao estudar os assentamentos impermanentes, podemos aprender a construir cidades que sejam mais adaptáveis, eficientes e sustentáveis.
- Como? A cada 12 anos, uma megacidade surge em torno da confluência dos rios Yamuna e Ganges, na Índia.Abriga os sete milhões de peregrinos que ali vivem durante os 55 dias do festival religioso Kumbh Mela.A cidade é totalmente funcional, mas impermanente e reversível – construída em dez semanas e completamente desmontada após o festival.Ao estudar este acontecimento singular, Mehrotra percebeu que a nossa preocupação com a permanência é míope, concentrando recursos em soluções “permanentes” para problemas que poderiam ser irrelevantes dentro de uma década.O futuro ideal do design urbano?Assentamentos elásticos com elementos flexíveis que podem viajar, evoluir ou mesmo desaparecer conforme a situação exigir, deixando a pegada mais leve possível neste planeta frágil.
- Citação da palestra:“Precisamos fazer uma mudança em nossa imaginação sobre as cidades.… Precisamos de utilizar os nossos recursos de forma mais eficiente para prolongar o prazo de validade do nosso planeta.Precisamos mudar as culturas do design urbano para pensar no temporal, no reversível, no desmontável.”
Bjarke Ingels, arquiteto e designer
- Grande ideia:Ao conceber uma arquitetura que se adapte e mude, podemos criar comunidades mais fortes e preparar-nos melhor para as alterações climáticas.
- Como? De uma usina livre de toxinas (com um telhado onde você pode esquiar!) a uma cidade oceânica flutuante alimentada por energia solar, Ingels está expandindo a visão da arquitetura.Ao explorar a nossa adaptabilidade humana, ele mostra como podemos projetar edifícios e habitats que sejam bonitos, acessíveis e resilientes às alterações climáticas.Precisamos de imaginar de forma vibrante e projetar de forma flexível, diz ele – e, ao fazê-lo, podemos construir um futuro sustentável para todos.
- Citação da palestra:“Esta é a nossa superpotência humana coletiva:que temos o poder de nos adaptar às mudanças e temos o poder de dar forma ao nosso futuro.”