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ROMA – “Passamos do traje à jaqueta em 48 horas, e pela enésima vez registramos danos para coisas e pessoas:esta não é mais uma emergência extraordinária, isso, Infelizmente, é a norma”. Francesco Vincenzi, presidente da Anbi (Associação Nacional de Recuperação de Terras, Irrigação e Melhoramento), faz uma reflexão após os eventos meteorológicos extremos que afetaram o centro-norte da Itália nos últimos dias.
“A nossa abordagem às alterações climáticas tem de mudar– comenta à agência noticiosa Dire – assim como devem mudar os paradigmas de quem trabalha no domínio da protecção territorial, de quem faz escolhas políticas e de simples cidadãos.Não podemos continuar a tratar os danos, também porque os danos são agora previsíveis."
Por esta razão, Vincenzi pede que “seja planejada e realizada uma intervenção extraordinária de manutenção em todo o território italiano, seguido de um plano de infraestrutura para o país que seja capaz de captar água quando ela cai intensamente, e depois disponibilizá-la aos territórios quando faltar. A alternância entre secas e inundações é agora, infelizmente, o nosso novo normal, e isso está acontecendo diante dos olhos de todos."
Segundo o presidente da Anbi, de facto, “esta nova forma de manifestação dos fenómenos atmosféricos encontra um território edificado e não suficientemente equipado para receber estas bombas de água.Não são chuvas normais – explica – hoje no norte temos cidades inundadas, deslizamentos de terra, estruturas em crise.Estamos prontos."Daí a solicitação de um maior planejamento que vise prevenir, e não simplesmente conter, os danos.“Devemos construir estradas e pontes de forma diferente – conclui Vincenzi – O nosso consórcio está convencido de que isto não é uma emergência, é uma nova normalidade”.