https://www.lifegate.it/33-darkspot-luoghi-specie-non-ancora-scoperte
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Do imenso biodiversidade que existe em nosso planeta, sabemos até hoje 400 mil espécies de plantas, descrito e nomeado pela ciência.Mas existem dezenas de milhares deles (estima-se mais de 100 mil) cuja existência ainda ignoramos e, portanto, as suas características mas sobretudo o seu estado de saúde.
Darkspots, locais com mais espécies ainda desconhecidas
Cada espécie desempenha um papel muito importante para o ecossistema, formando o grande mosaico de biodiversidade do Planeta, do qual depende o futuro de inúmeras outras espécies, incluindo os humanos.Mas todos os dias recebemos notícias de espécies ameaçadas, em risco de extinção, e outras que estão se despedindo para sempre.É por isso que países de todo o mundo estão a tomar medidas para alcançar o objetivos de conservação e restauração para combater a crise do ecossistema em curso.
Para fazer conservação é preciso saber o que proteger e, sobretudo, onde.Alguns botânicos de Jardins botânicos reais de Kew, no Reino Unido, fizeram um estudar que identifica 33 locais ao redor do mundo onde o maior número de espécies ainda não descobertas, conhecido como “manchas escuras”ou áreas botânicas, que devem ser prioridades na busca dos cientistas por novas espécies.
“A pesquisa visa ajudar abordar a conservação e acelerar a descoberta de novas plantas, porque alguns podem ser extintos antes que a ciência os alcance”, disse Alexandre Antonelli, um dos autores do estudo e diretor científico do Kew Garden.Considerando a quantidade de espécies ainda desconhecidas, o 30 por cento do qual se pensa ser em risco de extinção, é essencial que os esforços de conservação sejam devidamente orientados.
O que não sabemos nos ajuda a encontrar o que precisamos
Estas áreas botânicas foram identificadas partindo justamente dos limites do conhecimento científico, dos dados faltantes.“Queremos enfrentar o desafio de acelerar a descrição e mapeamento da diversidade vegetal, avaliando a deficiências taxonômicas e geográficas”, lemos no estudo.
Botânicos identificaram 33 manchas escuras:
- 14 na Ásia Tropical (Nova Guiné, Vietnã, Mianmar, Índia, Assam, Filipinas, Himalaia Oriental, Bornéu, Tailândia, Laos, Himalaia Ocidental, Malaca, Bangladesh e Sumatra)
- 8º na América do Sul (Colômbia, Peru, Equador, Sudeste do Brasil, Venezuela, Costa Rica, Panamá e Bolívia)
- 8 na Ásia temperada (centro-sul da China, Turquia, Irã, sudeste da China, Uzbequistão, Tadjiquistão, Afeganistão e Cazaquistão)
- 2º na África (Madagascar e Província do Cabo)
- 1 na América do Norte (sudoeste do México).
Destas 33 manchas escuras ou áreas botânicas, a maioria se encontra naquelas já definidas hotspot de biodiversidade, ou seja, áreas caracterizadas por níveis muito elevados de diversidade biológica, que devem ser protegidas.Nem todos os países que acolhem estas áreas têm a capacidade (um dos parâmetros do estudo foram as condições socioeconómicas), ou a rapidez, para identificar este enorme número de espécies e implementar esforços de conservação por conta própria.É por isso que os esforços devem ser direcionados.
No final do mês, entre outras coisas, os países reunir-se-ão Cop16, a décima sexta conferência das Nações Unidas sobre biodiversidade que se realizará na Colômbia, precisamente para avaliar os objetivos traçados em 2022 para retardar a perda de biodiversidade até ao final desta década.E assim voltamos ao objetivo e intenção deste precioso estudo:“Os países concordaram em preservar e restaurar a biodiversidade. Como podemos fazer isto se não sabemos de que espécies estamos a falar, se não sabemos o que é esta biodiversidade e onde podemos restaurá-la?”.Este estudo oferece um ponto de partida.