https://www.dire.it/19-02-2024/1011815-smog-bologna-pianura-padana-allevamenti-lombardia/
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BOLONHA – O pico de poeira fina que se regista no Vale do Pó reacende o debate sobre a (má) qualidade do ar.Em Bolonha há quem como Fausto Tomei de Arpae expoente da Coligação Cívica aponta o dedo à Lombardia.“Por que houve um pico de poeira fina no fim de semana, em todo o Vale do Pó?Não adianta procurar explicações obscuras: semana passada– escreve Tomei no Facebook- a propagação de esgoto de fazendas de gado foi permitida em toda a Lombardia, depois de meses de bloqueio de inverno e bloqueio de poluição, então com os tanques cheios (de merda..)“.Tomei lembra que “já aconteceu muitas outras vezes:o material particulado causado pela reação da amônia das águas residuais acumuladas, que reage na atmosfera com outros poluentes, pode chegar até o Monte Cimone.Então o tráfego e a combustão para aquecimento não têm nada a ver com isso?Claro que têm algo a ver com isso, os outros poluentes com os quais a amônia reage na atmosfera são produzidos por eles. É hora de olhar para sua geladeira e garagem e pergunte-se:É melhor respirar bem ou todo esse parmesão e presunto, com o carro pronto aqui embaixo?(Também falo por mim)”.
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Mas também se levanta a voz de Bolonha pela Justiça Climática, lutando contra escolhas infraestruturais como a do Passante.“Nas últimas semanas os níveis de poluição são muito elevados e mesmo em Bolonha nos últimos 39 dias houve 31 sinais de alerta. Entre as causas está o transporte rodoviário, mas os anos passam e o Município e a Região recusam-se a realizar uma Avaliação de Impacto na Saúde que possa dar a conhecer o quanto o Passante di mezzo impacta a saúde dos habitantes", afirma o coletivo.
Os meteorologistas, continua Bolonha pela Justiça Climática, “convidam a população a não pratique esportes ao ar livre, E alarmes se multiplicam para os impactos na saúde da poluição persistente.O que vivemos hoje em dia não é novo, mas sim uma condição que se repete todos os invernos, documentada por estatísticas e projetos de investigação, e as causas são bem conhecidas.Sabe-se, entre outras coisas, que um dos setores que mais contribui para tornar o ar irrespirável é o transporte rodoviário, mas apesar desta consciência, autarcas, presidentes regionais e ministros continuam a invocar milhares de milhões para o alargamento de estradas e autoestradas”.
“Se o Vale do Pó é uma câmara de gás, a solução não é pedir aos cidadãos que se fechem em casa.Há dois anos - recordem os jovens que lutam contra os efeitos das alterações climáticas - dezenas de associações pediram ao Presidente da Câmara Lepore e ao Presidente da Região Bonaccini que realizassem uma Avaliação do Impacto na Saúde do Passante di Mezzo:Quanto é que esta infraestrutura impacta a saúde de quem vive em Bolonha?Nestes dois anos, as medidas de emergência sucederam-se, mas nenhuma palavra foi dita sobre a Avaliação de Impacto na Saúde.Devemos concluir, dada a qualidade do ar que já respiramos hoje, que Matteo Lepore e Stefano Bonaccini temem que os resultados possam tornar o alargamento do Passante di Mezzo incompatível com a saúde dos bolonheses?”.