https://www.dire.it/05-02-2024/1006845-stanze-panoramiche-in-cima-alle-montagne-veneto/
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(A foto da capa foi retirada do site starlightroom.it de Cortina)
VENEZA – Eles são chamados de “quartos panorâmicos” e eles são a nova fronteira do turismo no Veneto.São, tal como foram definidos-apresentados no lançamento da proposta que remonta ao início de 2023, “svidro e madeira ou outro material, mesmo inovador, eco-sustentável ou em qualquer caso de baixo impacto, colocado permanentemente no solo, caracterizado por uma elevada relação entre a superfície da janela e a superfície do piso".Onde eles estão?Eles são esperados mais de 1.600 metros de altura.
NA ALTITUDE ENTRE MONTANHAS E ESTRELAS
A posição no topo permite ao turista "observar de uma forma particularmente ampla tanto o paisagem envolvente e o movimento estrelas no céu“.Algumas estruturas deste tipo, na verdade, já existem.Como a estrutura Cortina Starlightroom, que oferece acomodações superpanorâmicas, a 2.000 metros de altitude, com vista para as Dolomitas. Foi calculado que poderia haver até 172 salas panorâmicas no Veneto.Isto será decidido pelo Conselho Regional onde será discutida a lei que os estabelece.Enquanto isso, no Veneto existem 86 municípios com territórios acima de 1.600 metros:56 em Belluno, 18 em Vicenza, nove em Verona e três em Treviso.
DUAS CAMAS POR ESTRUTURA
O Partido Democrata os definiu como “hotéis em alta altitude“, a Região disse que não é esse o caso.O CAI disse que não estava nada entusiasmado com a ideia, tal como os Verdes.No final do passado mês de Outubro, o Conselho de Autarquias Locais (Cal) do Véneto deu a sua aprovação com apenas uma abstenção:dentro de um mesmo território municipal, não poderão ser construídas mais do que duas estruturas deste tipo com critérios de ecosustentabilidade ou de baixo impacto, e uma máximo de duas camas para cada estrutura (inicialmente eram oito, depois o número foi reduzido).Até o fim, porém, a oposição tentou barrar a novidade.
1.000 'NÃO' NA PETIÇÃO, "SALVAGUARDA MONTANHAS"
Cinco dias após o lançamento, a petição online contra salas panorâmicas ultrapassou 1.000 assinaturas.“Apresentarei-me ao Conselho com as assinaturas recolhidas e reiterarei que esta lei e a dos veículos todo-o-terreno nas altas montanhas não devem ser aprovadas. As montanhas devem ser protegidas e não exploradas autorizando exceções às leis que os protegem", afirma Andrea Zanoni, conselheiro regional do Partido Democrata.
A Região, continua o vereador, “quer aprovar estas medidas que vão prejudicar as nossas montanhas e o ambiente.Podem ser construídos hotéis panorâmicos acima do limite de 1.600 metros em derrogação da regulamentação em vigor para um máximo de dois em cada município.Enquanto as autorizações concedidas aos caçadores para a utilização de veículos todo-o-terreno nas altas montanhas serão até gratuitas, diferentemente do que é previsto para outras disciplinas.Para permitir que os cidadãos façam ouvir as suas vozes e declarem a sua oposição às leis contra as montanhas, na tarde de quarta-feira passada lancei uma recolha de assinaturas online que rapidamente ultrapassou 1.000 assinaturas.Mesmo muitos venezianos não concordam com estas leis regionais."E Zanoni assegura ainda que “independentemente do resultado da votação de amanhã Continuarei a recolher assinaturas tendo em vista a discussão da lei sobre veículos todo-o-terreno.Estas medidas devem ser interrompidas”.
VÊNETO VERDE:“NÃO AO SUMMIT SAFARI”
“Tratar as nossas montanhas como se fossem museus de elite ou safaris é uma tentação que este conselho regional está a levar a novos patamares”.Foi o que afirmou Cristina Guarda, vereadora regional da Europa Verde, na véspera da discussão na câmara sobre as chamadas salas panorâmicas.Uma proposta, diz ele, que “corre o risco de gerar uma vulnerabilidade para o património de montanha da nossa região, porque reduz nossos picos a locais de turismo de luxo, acessível para uma selfie ou um aperitivo em grandes altitudes.As consequências desta filosofia, segundo a qual tudo pode ser transformado em turismo, não honram o património natural e histórico que as nossas colinas nos proporcionam”.
Sobre esta medida, recorda, “não faltaram opiniões críticas durante as audiências na comissão.Se tivermos em conta a província de Belluno, por exemplo, o despovoamento em curso não pode ser remediado pelo efeito que surgiria da presença de turistas para encher caixas com vista.As nossas montanhas – sublinha Guarda – merecem algo mais do que caixotes de vidro e madeira.Acreditar que a sustentabilidade destas vitrines no vazio é dada simplesmente pelo material com que serão construídas desmascara, pela enésima vez, a visão simplista de Giunta Zaia sobre as questões ambientais.O reforço do serviço de transportes públicos nas nossas montanhas, por exemplo, não faz absolutamente parte da agenda política do Véneto;o que importa é apenas ver chegar mais turistas, talvez de carro."