Menos consumo de energia e menos CO2 com mercadorias transportadas por comboio, mas falta o último quilómetro do ponto de viragem “verde”

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https://www.dire.it/09-10-2024/1086938-meno-consumo-di-energia-e-meno-co2-con-merci-su-treno-ma-manca-lultimo-miglio-alla-svolta-green/

Estes são alguns dos principais aspectos do “Carta da Última Milha Ferroviária”, plano estratégico promovido pela Associação FerMerci

PÁDUA – Não há mundo verde sem transportes verdes, especialmente no último quilómetro até aos destinos das mercadorias.A borracha ainda prevalece, por isso “há uma vasta margem para aumento” nos produtos ferroviários. Na verdade, para a mesma quantidade de material transportado, estima-se que a ‘mudança’ da borracha para o comboio, com a transição do combustível fóssil para o vector eléctrico, permite uma redução de 80% no consumo de energia e similarmente, talvez até mais, os do dióxido de carbono.Na verdade, se 38 milhões de toneladas de mercadorias viajam hoje em Itália, com transporte ferroviário em vez de rodoviário (Euro 6), estima-se uma poupança de 773.000 toneladas de CO2.Estes são alguns dos principais aspectos de “Mapa da última milha ferroviária“, um plano estratégico para melhorar e tornar o transporte ferroviário de mercadorias mais eficiente promovido pelaAssociação Fermerci, hoje na Green Logistics Expo em PadovaFiere.Trata-se de um documento (não só) técnico, elaborado em concertação com a Pwc, Rse e RFi, que alinha as necessidades do sector ferroviário da última milha, precisamente o último ‘gargalo’ de passagem da rede nacional para o território, resultante da formato ad hoc "Fermerci in Terminal" apresentado até agora em quatro localidades do país (Pádua, Novara, Pescara e Livorno).

Ele explica isso no início do trabalho Clemente Carta, presidente da Femerci:“Se houver problemas no último quilômetro, o volume de mercadorias que vai parar na ferrovia é limitado.Toda criticidade nesta fase deve, portanto, ser superada.Na Carta que desenvolvemos, com a colaboração da Pwc, Rse e RFi, desenvolvemos propostas de soluções através de intervenções regulatórias e técnicas”.Há falta de pontos de acesso à rede, salienta essencialmente a Carta, e por isso não há integração entre a rede ferroviária nacional e os locais próximos da ferrovia.
Em tudo isso, insta o presidente da Fermerci, “é necessário refinanciar a lei de 2017, no artigo 47, que dá ao gestor da infraestrutura a possibilidade de trabalhar nesta última milha“.Dos 200 locais envolvidos em Itália, salienta Carta, “apenas 10% cumprem as normas europeias, com comboios de 750 metros de comprimento.55% são 500 metros a mais, mas o lado positivo é que há muitas instalações que podem ser adaptadas sem grandes gastos.”

Enquanto isso, suba ao longo de todo o percurso Giuseppe Rizzi, diretor geral da Associação:“Fermerci nasceu há dois anos, aqui mesmo no PadovaFiere.O tema ‘verde’ está no manifesto da associação, após avaliação da Fermerci com todos os seus stakeholders nos territórios, visitando instalações portuárias e terminais.A última milha ferroviária sempre foi uma das questões críticas da logística.Houve intervenções de apoio no passado, mas algumas questões críticas permanecem.É por isso que lançamos hoje esta Carta, como um documento analítico inicial, a partir do qual poderemos desenvolver outras contribuições."O risco daqui a mais ou menos três anos, alerta Rizzi, é “ter uma rede geral europeia padrão, mas com o problema da última milha.De uma auto-estrada, você acabaria numa estrada secundária", é a metáfora.Rizzi insiste, portanto, no verde, a verdadeira alavanca do setor:“A Europa pede-nos a descarbonização e o comboio tem como elemento fundamental a poupança de CO2 e também de energia, de 80%, em comparação com o transporte da mesma quantidade de mercadorias por camião.Precisamente por esta razão continuamos a pedir incentivos, dada a externalidade positiva que nos distingue.O dinheiro que é dado ao desenvolvimento do sector, na verdade, nada mais é do que um investimento para o futuro do país.E deste planeta."

Compartilhar Lívio Ravera, CEO da Mercitalia Shunting & Terminal, empresa do hub Logístico do Grupo Fs e presidente da seção de Manobras Fermerci:“Com o Last Mile Map fizemos um mapa do sistema, que estava faltando.Os pontos críticos são a questão da inovação, que também deve ser assegurada na última milha, e a dos investimentos.Na verdade, é necessário concluir a enorme obra de infra-estruturas ferroviárias que o nosso país está a promover e a da ligação entre o último quilómetro e a infra-estrutura nacional é um dos temas principais, entre as entidades nacionais e locais que entram no terreno, a partir de Autoridades Portuárias e grandes portos”.
Todas as intervenções que se realizam, confidencia Fermerci, devem ter como objetivo aumentar a eficiência, reduzindo custos para os operadores.Ao lançar um apelo geral às instituições, Ravera utiliza a palavra-chave “continuidade:o nosso setor precisa que os intervenientes institucionais continuem a acreditar na escolha da transferência modal, do rodoviário para o ferroviário.Mesmo interrupções de alguns meses no processo, de facto, podem causar sérios problemas no que diz respeito ao objectivo final que o nosso país, dentro da UE, se propôs:desenvolver uma logística ambientalmente compatível".

Falando da UE, lembre-se das prioridades Bernardo Kunz, membro do conselho do grupo Swiss Hupac e presidente da seção Terminal da Fermerci:“A União Europeia – contextualiza Kunz – estabeleceu objetivos muito claros para 2030, com 30% das mercadorias transportadas por caminho-de-ferro e aumentando depois para 50% até 2050.Precisamos, portanto, de terminais e precisamos de terminais no lugar certo.Um terminal vive apenas do suporte do mercado:quanto mais partidas ele tem, mais estratégico ele se torna.Precisamos de colocar os pequenos terminais mais online, como parte de uma estratégia nacional que os coloque ao lado dos maiores.Precisamos de um sistema hub and spoke”, como acontece no setor aéreo.

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